Por Will Brownscombe, Museu de História Natural, Londres
O registro dos núcleos de perfuração é uma das principais atividades que o geólogo fará durante toda a carreira. Até mesmo o geólogo mais experiente pode ser confundido pela identificação de minerais ambíguos ou de grão fino. Muitas vezes, com um único registro de núcleo o geólogo não será capaz de validar as observações minerais sem a utilização de preparações de diluições demoradas e dispendiosas. Para dar suporte a este problema a Olympus projetou o analisador portátil por difração de raios X TERRA (DRX) para testar as identificações locais tornando a o registro geológico mais preciso. A capacidade de identificação da composição mineral em campo fornece informações vitais para compreensão do sistema geológico.
O serviço de consultoria geológica do Museu Histórico Natural auxilia as empresas de mineração através de interpretações geológicas. Abaixo, Will Brownscombe fala sobre dois exemplos de como o analisador TERRA foi usado por geólogos para identificar minerais em campo. Os resultados provam que o analisador por XRD TERRA fornece análises mineralógicas precisas, repetíveis e instantâneas.
Usar o analisador TERRA para identificar minerais de grãos grossos ambíguos.
Empresa multinacional trabalhando com um projeto Ni registrou núcleos de perfuração de peridotito. Ao registrar o núcleo, uma sub-unidade recorrente que contém minerais pretos e de grãos grossos cinzas impediu que a caracterização fosse realizada pelo geólogo (Figura 1).
Visto que os minerais são de grãos grossos, é possível remover com rapidez um quantidade de pó mineral para análise por XRD usando um espalhador de metal. As amostras foram analisadas com o analisador TERRA, e os resultados, mostraram várias vezes que, ao contrário das expectativas, o mineral preto é plagioclásio e o mineral leve cinza é ortopiroxênio (enstatite), com alteração para anfibólio em um grau variável.
A constatação que esta sub-unidade é feita de gabro grosso confirma a precisão da interpretação geológica possível de todo o depósito. Um dos erros de interpretação desta sub-unidade foi a textura espinifex olivina. A possibilidade de descartar esta interpretação no início do processo significa que não se perdeu tempo seguindo uma interpretação errônea.
Figura 1: núcleo da amostra geológica mostra as localizações onde o material foi removido para análise com o analisador portátil por XRD TERRA e os resultados.
Identificação de rochas de grão fino.
Neste segundo exemplo, a litologia em questão (B) possui grãos finos de base cinza, o que dificulta a classificação apenas pela observação. Devido a textura de interdigitação com uma unidade magmática (A), ultramáfica e escura com exibição de texturas de cumulus, esta rocha foi inicialmente interpretada como um produto de alteração do outro (Figura 2).
No entanto, a análise repetida realizada com o TERRA revelou que, longe de ser uma alteração de produto, a unidade B, na verdade, continha apenas fases magmáticas, incluindo quantidade considerável de plagioclásio (anortita). A textura de interdigitação, portanto, teria de ser magmática, e as consequências disso são muito importantes para a gênese de minério de todo o depósito.
Figura 2: imagem aproximada mostrando a interdigitação de litologia cinza clara (B) de grãos finos com uma unidade magmática (A), ultramáfica e escura, e as identificações dos minerais com o analisador por XRD TERRA.
Ao invés de gastar tempo e dinheiro enviando amostras geológicas para análises por XRD em laboratórios, o analisador TERRA permite a identificação rápida e precisa de minerais no próprio local. O TERRA é flexível e possibilita o teste de várias amostras tantas vezes quanto forem necessárias para assegurar a identificação. Este processo economiza tempo e dinheiro que são pontos de extrema importância na realização de operações onerosas de mineração e exploração.