Evident LogoOlympus Logo
InSight Blog

Uma jornada agitada: do colegial à publicação de um artigo em uma revista científica com um analisador manual por XRF Vanta na mão

By  -
Colher de pedreiro para coletar amostras de carvão de linhita para análise por espectroscopia de raios X para determinar o teor de enxofre usando a pistola Vanta XRF.

Como autora publicada, ainda no primeiro ano do ensino médio, Julia Kagiliery tem um currículo impressionante. Uma das autoras mais jovens a ser aceita no prestigiado International Journal of Coal Geology, ela tem realizado pesquisas científicas atuais e inovadoras. Conversamos com Julia para saber mais sobre sua pesquisa e a jornada da sua casa na Flórida até as minas de carvão da Dakota do Norte.

Ela fala sobre o começo da história: “Cerca de um ano e meio atrás, participei de uma aula de estudo aberto no ‘seminário de pesquisa em ciências’ na minha escola em Jacksonville, Flórida. Os alunos selecionam um tópico geral, fazem uma revisão da literatura e, em seguida, projetam e constroem seu próprio experimento para apresentar em feiras de ciências locais.”

Julia optou por estudar a fitorremediação (utilização de plantas para eliminar contaminantes) do solo contaminado com óleo de motor, por isso começou realizando um experimento caseiro. “Fiz uma estufa plástica no meu quintal e a enchi com 50 plantas costeiras típicas das praias do sudeste para tentar conjecturar sobre o vazamento de óleo da sonda petrolífera Deepwater Horizon. Eu as irriguei com água que continha óleo para ver se existia alguma diferença nos solos que tinham plantas. Eu fiz o teste com plantas adultas para ver se elas continuariam crescendo. As árvores que crescem rápido absorvem o chumbo, aplicando essa lógica, usei essas plantas para extrair toxinas do solo.”

Julia entrou em contato com um colaborador que tem a mesma opinião

Durante a revisão de literatura, ela encontrou alguns autores que escreveram sobre o assunto. Ela entrou em contato com eles por e-mail, mas recebeu apenas algumas respostas superficiais. Então ela leu o estudo do Dr. David Weindorf sobre o teste de solo para contaminação de petróleo bruto após o vazamento de óleo da sonda petrolífera Deepwater Horizon. O Dr. Weindorf é Vice-Presidente Associado do Escritório de Pesquisa e Inovação e Professor e Presidente da Faculdade de Pedologia BL Allen do Departamento de Ciência de Plantas e Solo da Texas Tech University. O Dr. Weindorf lidera a pesquisa da indústria que utiliza espectroscopia de fluorescência de raios X (XRF) e tecnologia visível de infravermelho próximo (VIS-NIR) para quantificação e análise do solo. O Dr. Weindorf estava ansioso para se encontrar com a Julia e responder às perguntas sobre a concepção do projeto.

O Dr. Weindorf fez o seguinte comentário sobre a colaboração com a Julia: “Como cientista do solo, foi maravilhoso ver muitas mulheres talentosas se unindo à nossa profissão ao longo dos anos. Tive a sorte de ter algumas alunas notáveis participando do meu programa. Elas produziram uma ciência excepcional e foram líderes na defesa na ingressão de mais mulheres nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Como professor, uma das coisas que sempre procuramos são estudantes com genuína curiosidade científica e o desejo de investigar suas ideias. Elas não fazem essas perguntas em troca de uma nota em uma classe ou porque são instruídos a fazê-lo; em vez disso, essas alunas têm um desejo genuíno de encontrar respostas para as perguntas mais prementes da vida. A jovem Kagiliery possui essa curiosidade intelectual.

Por meio desse contato com o Dr. Weindorf, Julia foi convidada a visitar a Texas Tech para trabalhar com espectroscopia de infravermelho visível. Apesar de o projeto estar atrasado, o experimento científico realizado no quintal da sua casa levou-a a feiras de ciências de nível regional e estadual.

A jornada continua — próxima parada: as minas de carvão da Dakota do Norte

Sua curiosidade inata pela ciência fez com que Julia mantivesse contato com o Dr. Weindorf para continuarem a trabalhar juntos nesse projeto. Eles discutiram sobre várias ideias para outras aplicações possíveis para quantificação e análise usando a fluorescência de raios X portátil (pXRF) e a tecnologia VIS-NIR. Isso nunca tinha sido tentado com carvão antes. Isso parecia uma evolução natural do solo.

O Dr. Weindorf fez alguns contatos e Julia iniciou uma revisão de literatura para o próximo experimento. Seis meses depois, eles estavam em uma mina na Dakota do Norte.

Cientistas coletando amostras para testes de espectroscopia de raios X em uma mina de carvão

A Julia e o Dr. Weindorf realizaram coletas de amostras em campo e varredura preliminar no local em quatro minas de carvão de linhita diferentes com o XRF portátil, em Bismarck, Dakota do Norte. Foto cedida por David C. Weindorf.

Cientista usando um XRF portátil para testar depósitos em minas de carvão

Ela secou, moeu e processou amostras no laboratório do Dr. Eric Brevik, na Dickinson State University, Dakota do Norte. Eles enviaram as amostras para análise de combustão seca no laboratório do Dr. Nic Jelinski, da Universidade de Minnesota. Foto cedida por David C. Weindorf.

De volta ao laboratório da Texas Tech, foi lá onde o trabalho “sujo” começou

Julia foi a Lubbock, Texas, e trabalhou no laboratório do Dr. Weindorf na Texas Tech para digitalizar pessoalmente todas as 249 amostras coletadas usando a espectrometria de fluorescência de raios X portátil (um analisador por XRF Vanta™), um sensor óptico NixPro e a espectrometria de refletância difusa visível no infravermelho próximo (VisNIR DRS). Trabalhando com a técnica de laboratório Cynthia Jordan em uma linha de montagem, eles testaram 249 amostras em dois dias.

Análise de amostras de carvão por técnicos de laboratórioTécnicos de laboratório analisando amostras de carvão usando espectrometria de fluorescência de raios X portátil, nesse caso, um analisador por XRF Vanta™ XRF, um sensor óptico NixPro e espectrometria de refletância difusa no infravermelho visível (VisNIR DRS).

À noite, ela fazia a revisão de literatura e o condicionamento de dados. Ela então trabalhou lado a lado com o estatístico e cientista de solo Dr. Somsubhra Chakraborty para analisar os dados e desenvolver os modelos preditivos. O Dr. Chakraborty é professor assistente no Instituto Indiano de Tecnologia em Kharagpur, Índia. Foto cedida por David C. Weindorf.

Analisando dados estatísticos coletados por varredura de amostras de carvão com espectrômetro de fluorescência de raios X, sensor óptico e infravermelho próximo visível (VisNIR).

Trabalhando com o Dr. Chakraborty no laboratório do Dr. Weindorf, ela começou a fazer a estatística descritiva e modelou os dados. O artigo foi um esforço colaborativo, escrito durante o processo de pesquisa. “Foi um ótimo aprendizado para mim”, diz Julia, “eu nunca poderia ter feito isso sem o Dr. Weindorf. Ele foi muito prestativo. Foto cedida por David C. Weindorf.

Uma memorável comemoração do aniversário de 17 anos

No aniversário de 17 anos de Julia, ela recebeu uma ligação do Dr. Weindorf com a notícia de que seu trabalho fora aceito pelo International Journal of Coal Geology. Ela disse que saber que o trabalho tinha sido aceito por uma revista científica tão criteriosa “foi como ser surpreendida com uma sobremesa com uma cereja em cima”.

Desde que seu artigo foi aceito pela revista, sua vida ficou muito corrida. Julia é uma das mais jovens cientistas a ser publicada na revista e a primeira aluna de sua escola a ter um artigo publicado. No início de 2020 ela foi para Austin, Texas, para se apresentar no simpósio da Olympus sobre tecnologia de raios X. Ela diz: “Foi uma experiência incrível. Estou pronta para começar de novo. É um processo emocionante, e estou com desejo de fazer mais”.

O nascimento da paixão de Julia pela ciência

Quando questionada sobre seu interesse pela ciência, Julia diz que sabia desde a 5ª ou a 6ª série que queria seguir essa carreira. Ela participou de uma conferência de ciências, tecnologia, engenharia e matemática para meninas e sonhou em se tornar uma engenheira mecânica e projetar montanhas-russas. O gene da ciência está presente em sua família, seus avós estudaram engenharia analítica, mas sua maior inspiração são as “grandes pessoas como o Dr. Weindorf.”

Julia diz que é grata pelo apoio que recebeu do Dr. Weindorf, seus pais e seu orientador escolar: “Dar às pessoas o que elas precisam para ter sucesso marcou minha história. Ninguém duvidou de mim quando eu quis fazer este estudo.”

Ela tem alguns bons conselhos para as mulheres jovens interessadas em ciências, tecnologia, engenharia e matemática: “As opiniões e as ideais das mulheres são importantes. A ciência que vocês querem fazer é boa. Vocês merecem ser ouvidas. Seus processos e pensamentos são importantes. Vocês são cientistas, e isso deve estar em primeiro lugar. Sempre que vocês se depararem com um desafio, Julia aconselha: “Sejam inovadoras, adaptem-se, mergulhem de cabeça”.

Todas as evidências apontam para um brilhante futuro na área de ciências, tecnologia, engenharia e matemática

Julia Kagiliery, jovem estudante do ensino médio e autora publicada na revista científica, International Journal of Coal Geology.

Foto cedida por Anna Kagiliery

Quando perguntado sobre o que ele acha das realizações de Julia, o Dr. Weindorf diz: “Não posso subestimar a enormidade de sua conquista. Aos 16 anos, eu estava cortando grama e tentando estudar para o meu próximo exame no ensino médio. Ela acabou de publicar seu primeiro artigo em uma revista aclamada internacionalmente. Acho que o que mais me inspirou em trabalhar com ela foi seu apetite voraz por aprender. Ela conduziu um experimento surpreendente e inovador, mas ao longo do caminho aprendeu sobre um sólido projeto experimental, a logística de realizar um grande experimento, a colaboração entre as faculdades de ciências, análises estatísticas, elaboração de manuscritos, o processo de revisão por pares para publicação, etc. Em seguida, ela apresentou sua pesquisa em um simpósio de pesquisa científica, em janeiro. Basta dizer que ela tem uma brilhante carreira de pesquisa pela frente e tenho orgulho de tê-la como colega cientista. Ela representa a próxima grande geração de cientistas que liderará nosso país nos próximos anos.”

O artigo de Julia “Rapid quantification of lignite sulfur content: Combining optical and X-ray approaches” foi publicado no International Journal of Coal Geology, em novembro de 2019. A Olympus quer parabenizar Julia por uma conquista tão impressionante, principalmente para uma estudante do ensino médio. Não só isso, ela está abrindo caminho e fazendo avanços para as mulheres nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

Conteúdo relacionado

XRF portátil e carvão para exploração mineral, controle de grau, mistura e processamento de raios X

Perguntas Frequentes sobre Fluorescência (XRF)

Marketing Specialist, Analytical Instruments

Michelle Wright has more than nine years of experience in marketing communications and works in the analytical instruments business at Evident to promote X-ray fluorescence (XRF) analyzers. She works closely with product, engineering, and application groups to assist with launching new products, creating webinars, and writing application notes.

Dezembro 19, 2019
Desculpe, esta página não está disponível no seu país
Inscreva-se no blog InSight
Desculpe, esta página não está disponível no seu país
Diga-nos o que você está procurando preenchendo o formulário abaixo.
Desculpe, esta página não está disponível no seu país