Litogeoquímica com XRF portátil
A litogeoquímica e a quimioestratigrafia procuram determinar os componentes químicos que compõem uma litologia (ou formação rochosa). Essas informações podem então ser usadas para determinar o tipo de rocha, a alteração e a ordem que foram formadas. A composição química é uma ferramenta útil para a exploração de minerais, particularmente quando geólogos têm dificuldade de identificar visualmente o tipo de rocha. Isso pode ocorrer quando o tamanho do grão é muito pequeno para identificação visual ou a rocha sofreu deformações severas devido ao intemperismo, à alteração ou ao metamorfismo em que o calor e a pressão alteram as rochas. |  Utilização do analisador por XRF Vanta em campo para mapeamento do tipo de rochas e das alterações. |
Instrumentos portáteis, como o analisador por XRF Vanta™ — da Olympus —, podem medir com facilidade muitos dos principais elementos formadores de rocha (Mg, Al, Si, K, Ca, Fe, etc.), assim como muitos traços de elementos (Cu, Ti, Zr, Sr, Rb, Y, Nb, etc.) que são usados para determinação litogeoquímica. Segundo diagramas simples de classificação de rocha (figura 2, abaixo), os dados de XRF portátil podem ser plotados, classificados e usados para presumir os tipos de rochas. Os exploradores de ouro obtiveram muito sucesso, particularmente, em terrenos muito desgastados em que é muito difícil catalogar as rochas visualmente. |  Analisador portátil por XRF DELTA® e a configuração da estação de trabalho em uma base de laboratório em campo para realização de análises geoquímicas de rotina de milhares de amostras de solos em Yanfolila, sudoeste do Mali. |
Essa técnica tem sido usada dentro de minas estabelecidas para determinar a estratigrafia e as áreas alvo em que existem nova mineralização em que a prospecção e perfurações futuras devem ser priorizadas.
Um exemplo de Mali, África Ocidental
Este caso é um exemplo de um projeto de exploração no sudoeste do Mali que mostra como a geoquímica multielementar pode ser usada para distinguir diferentes litologias em material recente. Este conhecimento pode ser aplicado em ambiente intemperizado e, em menor escala, em amostras de solo superficial (Figura 1). Esses métodos são particularmente úteis quando a identificação consistente pelos geólogos das diferentes litologias do projeto é quase impossível por causa do intemperismo e da alteração.
Embora existam outros exemplos de método litogeoquímico descritos nos últimos anos, uma nova perspectiva foi acrescentada aqui por meio da utilização de XRF portátil para obtenção dos mesmos resultados. Esse estudo de caso é estimulante, pois demonstra a utilidade do uso da química para informar a litologia através de métodos analíticos de laboratório, e evidencia que o método pode ser reproduzido pela XRF portátil.
Figura 1. Localização e classificação das amostras de solo usando gráficos de Ti-Zr (parte superior) para os dados de laboratório (esquerda) e de XRF portátil (direita).
Figura 2: fluxo de trabalho que mostra uma sondagem de orientação usando a técnica de análise laboratorial convencional utilizada para informar os sistemas de classificação litológica aplicados aos dados de XRF portátil. Os gráficos demonstram que os dados produzidos em laboratório e pela XRF portátil são os mesmos.
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Fotos do campo que mostram a perfuração do núcleo da amostra e a amostra de solo para análise por XRF portátil realizada em Yanfolila no sudoeste do Mali.
Referência: C. Benn et, al, Lithological Discrimination in Deeply Weathered Terrains Using Multielement Geochemistry – An Example from the Yanfolila Gold Project, SW Mali, 25th International Applied Geochemistry Symposium, Finland, 2011
